quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Plano ABC paulista define prioridades para início de sua execução


O Grupo Gestor do Plano Estadual de Mitigação e de Adaptação às Mudanças Climáticas Para a Consolidação de Uma Economia de Baixa Emissão de Carbono na Agricultura (Plano ABC-SP) definiu, na última quinta-feira, 22 de setembro, as prioridades para a execução da iniciativa. A escolha foi feita em reunião na sede da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, na Capital, e considerou o que é mais executável dentre os sete programas previstos.

A recuperação de pastagens degradadas foi eleita como a primeira prioridade, sendo a divulgação de políticas públicas para o setor produtivo a primeira ação a ser realizada. A segunda prioridade será a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) e os Sistemas Agroflorestais (SAFs), com a campanha de divulgação como tarefa primordial.

As ações estão de acordo com o Plano ABC nacional e visam o cumprimento das metas de redução de carbono estabelecidas pela COP-21, a conferência do clima, realizada em Paris em 2015. “Nós já estamos vivendo esses problemas causados pelas mudanças climáticas, não é algo que acontecerá somente no futuro”, destacou José Luiz Fontes, responsável pela Assessoria Técnica da Secretaria.

Ainda de acordo com ele, a escolha de prioridades “não significa que vamos abandonar um ponto por causa do outro”. A lista de prioridades dos sete programas ficou da seguinte maneira:

1ª – Recuperação de pastagens degradadas

2ª - Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) e Sistemas Agroflorestais (SAFs)

3ª – Plantio direto

4ª – Fixação Biológica de Nitrogênio (FBN)

5ª – Florestas plantadas

6ª – Tratamento de dejetos animais

7ª – Adaptação às mudanças climáticas

O Plano nacional coloca ações como recuperar 15 milhões de hectares de pastagens degradadas por meio do manejo adequado e adubação; aumentar a adoção de sistemas de ILPF e SAFs em 4 milhões de hectares; ampliar a utilização do Sistema Plantio Direto (SPD) em oito milhões de hectares; e ampliar a Fixação Biológica de Nitrogênio (FBN) em 5,5 milhões de hectares.

A fase estadual prevê o aumento de Sistemas de Plantio Direto e de Cultivo Reduzido em 1 milhão de hectares, estimando uma redução de 2,25 milhões de toneladas de CO2 equivalente; aumento de áreas com FBN em 800 mil hectares, estimando uma redução de 1,45 milhões de toneladas de CO2 equivalente; incremento na área de florestas plantadas da ordem de 50 mil hectares por ano, totalizando até 2020, 200 mil hectares; aumentar áreas com ILPF em 200 mil hectares, estimando uma redução de 1 milhão de toneladas de CO2 equivalente; e recuperar 6,1 milhões de hectares de pastagens degradadas ou em início de degradação.

O secretário Arnaldo Jardim lembrou da importância da conservação ambiental para a produção no campo. “O desenvolvimento de uma agropecuária harmônica com o meio é uma das principais recomendações do governador Geraldo Alckmin para a Secretaria de Agricultura e Abastecimento”, apontou.

O Grupo Gestor Estadual do Plano Setorial da Agricultura (GGE) é composto pelo secretário Arnaldo Jardim e membros da Assessoria Técnica do Gabinete, Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta) e Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati), órgãos ligados à Pasta.

Também integram o Grupo representantes do Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), das Secretarias paulistas do Meio Ambiente, Saneamento e Recursos Hídricos, Energia e Mineração, Justiça e da Defesa da Cidadania, Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação; Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp); Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo (Ocesp); Universidade Paulista “Julio de Mesquita Filho” (Unesp); Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa); Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (Esalq); Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar do Estado de São Paulo (Fetaesp); Observatório ABC da Fundação Getúlio Vargas (FGV); do Banco do Brasil; da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp); e da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag).

A próxima reunião está programada para o mês de outubro, em Jaguariúna. O Plano ABC paulista foi lançado pelo Governo do Estado de São Paulo no dia 29 de agosto, em evento na sede da Pasta.

Fonte:
Por: Hélio Filho
Fotos: João Luiz (disponíveis no link
Assessoria de Comunicação
Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo

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