Diante da edição, nessa semana, do Decreto n.º 64.131 de
11/03/2019, que criou a Coordenadoria de Desenvolvimento Rural
Sustentável e devido à dinâmica dos acontecimentos na atual gestão da
SAA, a AGROESP vem manifestar o que segue:
1. Não há razões que justifiquem a alteração do nome/marca CATI,
apesar da inclusão de novas atribuições, uma vez que esse é reconhecido
internacionalmente e as populações dos municípios do nosso interior
prontamente sabem indicar a qualquer visitante a localização da CATI ou
até, como alguns, “do CATI”, afinal são cinquenta e dois anos dessa
marca;
2. A mudança do nome impacta a identidade da instituição frente a
sociedade e a identificação dos servidores perante o seu público,
contribuindo para desmotivação funcional;
3. Entendemos que o desenvolvimento rural sustentável está implícito
na integralidade prevista no nome original, como consta da missão da
CATI;
4. As novas atribuições recebidas, sem a consequente transferência
do quadro de pessoal, pressionarão a atual gestão da SAA a tomar
providências para a reposição de seu atual quadro, acompanhando a
devida valorização dos integrantes;
5. Desde o início da atual gestão, a diretoria da AGROESP procurou o
diálogo com a nova gestão da SAA, tanto na forma de ofícios, como em
contato com a liderança do governo na ALESP e com a assessoria da
SAA;
6. A atual diretoria da AGROESP, desde a gestão passada, sempre se
manifestou favorável a mudanças, visando a adequação das instituições aos novos tempos, com a única observação dessas serem pautadas na
transparência, confiança e diálogo;
7. Uma mudança fundamental é que os cargos de coordenadores da
CATI e da CDA, numa eventual reestruturação, sejam de provimento
exclusivo de assistentes agropecuários, a exemplo do que ocorre na
APTA, nesse caso restringindo a coordenação a pesquisadores científicos;
8. Nos últimos vinte anos, a CATI operacionalizou a execução de dois
acordos de empréstimo junto ao Banco Mundial, os Microbacias I e II,
executando integralmente o programa bem como os recursos
orçamentários do governo, sem que houvesse qualquer desvio ou má
conduta que viesse a denegrir a instituição e seus servidores,
demonstrando claramente a excelência da instituição na gestão dos
recursos do tesouro.
Isto posto fazemos a seguir um relatório da reunião havida
no dia de hoje no gabinete da SAA, atendendo convite da Dra. Gabriela
Redona Chiste, Secretária Executiva da pasta, e que contou com a
presença do colega Fontes, Chefe da Assessoria Técnica e dos colegas
Sérgio Diehl e Henrique que me acompanharam. Após a reunião fomos à
ALESP.
1. Temos os seguintes compromissos assumidos pela Dra. Gabriela:
• que o Secretário Dr. Gustavo Junqueira irá receber a
AGROESP;
• que a AGROESP terá um representante no grupo de
transição;
• que no momento não há projeto pronto de mudança de
estrutura e que antes precisa definir o que vai fazer pra
depois definir estrutura. Caso o assunto estrutura venha a
tona, a AGROESP será informada e ouvida;
• Informou ainda que a reunião da próxima segunda feira com
os diretores de EDA e EDR, terá como pauta a discussão
sobre no que vamos trabalhar, e que os diretores terão a
lição de casa de realizar diagnósticos municipais para futuras
ações;
• Quanto ao nome, ela se manifestou contrária à volta do
nome CATI, já que houve uma fusão. Deixamos claro que a
posição da AGROESP é da volta da identidade visual CATI e
que assim, o gabinete estaria assumindo o desgaste político
da mudança.
Ainda quanto a conversa com a Dra. Gabriela, a AGROESP
deixou claro que o aumento de atribuições precisa ser acompanhado de
uma valorização dos servidores, afinal terá mais serviço. A mesma
colocou que não podia se comprometer em relação a salário, mas que
não há nenhuma porta fechada quanto ao diálogo sobre o assunto, mas
que o mesmo deve ser tratado no momento oportuno.
Colocamos também a preocupação da entidade com possíveis
reduções nos salários dos servidores com uma eventual extinção de
cargos de chefia e assessoramento num eventual processo de
reestruturação radical. Nos posicionamos firmemente que, se não pode
elevar os ganhos, diminuir nunca.
Saindo da reunião fomos a ALESP conversar com o líder do
governo Deputado Carlão Pignatari. Ao chegarmos o mesmo nos expôs
que já havia recebido várias ligações questionado a mudança do nome.
Perguntou-nos o por que de tanto transtorno, explicamos o motivo e o
mesmo entendeu que já há uma identificação do produtor com a marca
CATI. Propusemos uma alternativa, a de manter a sigla e identidade
visual CATI, alterando-se somente o nome da coordenadoria. O mesmo se comprometeu a conversar amanhã com o Dr. Gustavo sobre o
assunto.
Finalizando gostaríamos de manifestar aos associados que
entendemos que o diálogo está aberto, o que pode ser comprovado pela
convocação ainda hoje da colega Vera Palla, representante indicada pela
AGROESP, para participar da reunião de amanhã da comissão de
transição, estabelecida no Decreto aqui mencionado. Assim não vemos
razão de radicalizar a postura da associação.
O que nós todos, assistentes agropecuários, precisamos fazer
agora?
Mobilizar as organizações de produtores e políticos da sua
região (prefeitos, vereadores e deputados) a conversarem ou enviarem
documentos ao governador e ao líder do governo Carlão Pignatari. Eles
precisam sentir, como já estão sentindo, que o público não gostou da
mudança, não só os funcionários mas principalmente o público. O
governador e o líder do governo tem mais sensibilidade política que o
secretário por isso o foco deve ser eles.
Campinas, 14 de março de 2019
ENG.º AGR.º VICTOR BRANCO DE ARAUJO
AGROESP – Presidente
A Agroesp vai continuar com a mesma tática da negociação da equiparação e vamos ter o mesmo resultado.
ResponderExcluirUma postura dentro do que o momento exige. Cautela e sobriedade. Ficar atento e mobilizado para algum posicionamento mais incisivo e determinante em nossas ações
ResponderExcluirNa hora de se comprometer com relação ao salário, a Dra. Gabriela da Secretaria não assume. Por isso, Não esqueçam de falar claramente ao Secretário Gustavo Junqueira, que estamos há 5 anos sem nenhum reajuste salarial, nem mesmo o repasse da inflação acumulado. Isso é muito mais importante do que a alteração da o nome /marca Cati...
ResponderExcluirEsse lance de que a CATI era reconhecida, não faz jus ao tratamento que ultimamente ele estava recebendo em eventos como a AGRISHOW, cada ano ridicularizado o espaço, ficando a beira da cerca de divisão do recinto. A organização CATI, faliu por conta de egos inflados e de acordões políticos. A própria separação interna de reconhecimento de cargos e funções fez com que o descrédito de toda equipe culminasse nesse momento. Infelizmente se colheu o que se plantou. E quando certas atitudes apenas contemplam apadrinhados políticos, a bancarrota acontece. Parabéns a todos os envolvidos dos altos escalões tanto da CATI quanto da Assembléia Legislativa e da própria SAA.
ResponderExcluirVamos ficar mais 4 anos sem reposição salarial,não estou falando de aumento.Viva PSDB,Alkimim,Covas,Aluízio,Doria e outros.
ResponderExcluirPrecisamos sim de melhoria salarial, principalmente os administrativos, que se os assistentes estão descontentes imagina nossa classe, que enfrentamos esse desajuste, ainda encaramos a desvalorização dos nossos trabalhos com salários baixissimos, e muita discrepância! Mas a preocupação com a "marca" não se trata apenas da escrita, mas com história, a perda total de identidade de uma instituição com mais de 50 anos e a perda salarial de muitos com a extinção de cargos, que com isso trabalharemos mais e receberemos menos ainda..um descompromisso total com a classe administrativa.
ResponderExcluirMudanças sempre existiram e continuarão existindo. É preciso fazer do limão uma limonada. Diálogo, serenidade e inteligência é que farão a diferença.
ResponderExcluirEstão querendo valorizar as atividades agropecuárias do estado. Isso é muito bom, desde que valorizem também os servidores da SAA, que estão há 5 anos sem reajuste de salário. Não cumprem nem o que manda a Constituição Federal que obriga o repasse da inflação acumulada. Se isso não for feito urgentemente, não há como trabalhar ganhando uma miséria!
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